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Memória
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Geração de energia no rio Tietê: as usinas de ontem e
hoje
Neste 22 de setembro, comemora-se o aniversário do Tietê. Rio mais
importante do Estado, ele atravessa 56 municípios paulistas antes
de desaguar no rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Teve
papel de destaque na história e no crescimento de São Paulo, pois
foram em suas margens que diversos povoados se formaram; na
exploração do interior, os bandeirantes encontraram um aliado
imprescindível no rio. Mais tarde, durante o ciclo do café, o Tietê
mostrou-se novamente essencial, sendo utilizado como meio de
transporte para o escoamento do produto, exportado pelo Porto de
Santos.
Hoje, a hidrovia Tietê-Paraná é a mais importante do Mercosul, e
somente seu trecho paulista compreende 800 km por onde passam
produtos como a soja e o milho. Além do transporte de cargas, o
curso também serve ao abastecimento humano: no ano passado,
Araçatuba, a mais de 500 km de distância da área poluída do Tietê
na Capital, tornou-se a primeira cidade não ribeirinha a captar
água do rio para prover a sua população de 180 mil habitantes. Além
de todas essas funções, há mais de 100 anos o Tietê acumula outra
responsabilidade: a de geração de energia hidrelétrica. Conheça,
abaixo, um pouco sobre a história das usinas instaladas no
rio.
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Usina de Parnaíba. Inaugurada em 1901 em Santana
do Parnaíba, foi a primeira a gerar energia elétrica para a Capital
e a primeira de grande porte, para os padrões
da época, no Brasil. Foi desativada em 1952 e hoje leva o nome de
barragem Edgard de Souza
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Usina de Lavras. Segunda hidrelétrica do Estado instalada
no Tietê, em Salto,
foi inaugurada em 1906 juntamente com a implantação da iluminação
pública
em Itu, a quem fornecia energia. Foi desativada em 1956 e, a
partir de 1991, transforma-se no Parque de Lavras
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Usina de Rasgão. Localizada em Pirapora do Bom
Jesus, sua operação teve
início em 1925, em meio a uma grande seca que ocasionou um
racionamento
de energia. Desativada em 1961, voltou a gerar energia em 1989
após
diversas reformas. |

Usina de Salesópolis. Localizada em um vale formado por
dois espigões da Serra do Mar, bem próxima à nascente do Tietê, a
usina foi inaugurada em 1913.
Ainda em operação, hoje integra o patrimônio da Fundação Energia e
Saneamento e funciona como museu
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Usina de Porto Goés. Sua construção teve início em 1923, com a
finalidade
de suprir os empreendimentos fabris da extinta Brasital S.A, mas
quando inaugurada, em 1928, já pertencia à Companhia Light. Ainda
em operação, destaca-se pelo belo conjunto
arquitetônico
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Usina de Barra Bonita. Primeira hidrelétrica
erguida na região do Médio Tietê
em 1957, contou com projeto inovador de aproveitamento múltiplo
dos rios para produção de energia, controle de enchentes,
irrigação, saneamento básico, lazer
e piscicultura |

Usina do Bariri. Atual hidrelétrica Álvaro de Souza Lima,
também instalada no Médio Tietê, foi oficialmente inaugurada em
1965 com o funcionamento de sua primeira unidade geradora. As
outras unidades entrariam em operação dois anos mais
tarde
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Usina de Ibitinga. Instalada no município de Ibitinga,
sua construção teve início
em 1963. Foi inaugurada em 1969 com uma barragem de dez comportas,
sendo sete de superfície e três de fundo, e altura de queda d'água
de 21 metros. Sua eclusa entrou em operação em 1986 |

Usina de Promissão. Atual UHE Mário Lopes Leão,
foi inaugurada em 1977. Sua estrutura contemplava uma estação de
aquicultura para a produção de alevinos
de espécies nativas, destinados ao repovoamento de reservatórios e
programas de fomento à agricultura
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Usina de Nova Avanhandava. Inaugurada em 1982 em
Buritama. Seu projeto também levou em conta o aproveitamento
múltiplo de rios - além da hidrelétrica,
é constituída por duas eclusas usadas na navegação da Hidrovia
Tietê-Paraná
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Usina Três Irmãos. Maior usina construída no rio, situa-se no
Baixo Tietê, entre os municípios de Andradina e Pereira Barreto, a
28 km da confluência com o Rio Paraná. Inaugurada em 1991, possui
duas eclusas que viabilizam a navegação
entre os rios Paranapaíba, Paraná e Tietê
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Rede Museu da Energia
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Exposição "Tempos de Energia" revela como a eletricidade
mudou
o cotidiano do paulista
Hoje em dia, aparelhos como a televisão, o computador e o telefone
são eletrônicos facilmente encontrados em qualquer residência. Mas
houve o tempo em que itens domésticos mais essenciais como a
geladeira eram novidade no mercado - e é com estas e outras
curiosidades que o Museu da Energia acaba de inaugurar a exposição
"Tempos de Energia: São Paulo em transformação".
Aberta desde o dia 12, a mostra revela, por meio de objetos antigos
e múltiplos recursos tecnológicos, como a eletricidade transformou
a vida na Capital e no Estado, encurtando as distâncias, alterando
as formas de interação, o lazer e o cotidiano doméstico da
sociedade paulista.
Entre as atrações, destacam-se telas interativas que comparam o
consumo dos eletrodomésticos nas casas da década de 1970 e da
atualidade; miniaturas de hidrelétricas e sistemas de geração de
energia solar e eólica; dezenas de objetos antigos como ferros de
passar roupa, enceradeiras, televisores, rádios e secadores de
cabelo; além de um mapa virtual com a evolução urbana e
populacional da cidade de São Paulo desde 1881.
A exposição ainda contempla uma sala de experimentos sobre
diferentes fontes de energia e outra voltada ao tema
sustentabilidade, com o intuito de levantar, também, uma reflexão
sobre a urgência do uso racional e da busca por fontes alternativas
de energia. Embora destinada a todas as idades, a mostra, que tem
entrada gratuita, é uma atração imperdível ao público jovem - o
agendamento de visita para escolas pode ser realizado pelo e-mail
saopaulo@museudaenergia.org.br.
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Exposição traz telas interativas que comparam o consumo dos
eletrodomésticos
nas casas da década de 1970 e da atualidade
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Espaço das Águas
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Fundação Energia e Saneamento participa do 10º Encontro Nacional
de Águas Urbanas
Entre os dias 16 e 18 de setembro, a Fundação Energia e Saneamento
participou, pela primeira vez, do 10º ENAU - Encontro
Nacional de Águas Urbanas, evento promovido pela Associação
Brasileira de Recursos Hídricos. Em sua décima edição, o ENAU - que
foi realizado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo - explorou a
temática "Águas Urbanas: um tema multidisciplinar", e promoveu
palestras, debates e exposições de trabalhos acadêmicos de
pesquisadores brasileiros e estrangeiros voltados à hidrologia das
cidades modernas.
De forma a contribuir com uma abordagem mais histórica sobre as
águas urbanas, a Fundação levou ao encontro a mostra "Guarapiranga:
uma represa centenária", que apresenta a trajetória de um dos
mananciais mais importantes da Grande São Paulo, além de aproveitar
a ocasião para divulgar os projetos da instituição voltados ao
setor do saneamento.
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Pesquisadores e profissionais do setor puderam conferir a
exposição
"Guarapiranga: uma represa centenária" |
Notícias
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Noite de cinema e música agita Museu da Energia de
Itu
Nesta sexta-feira (26), o Museu da Energia de Itu sedia a primeira
edição do Cine Jardim, evento que promove um encontro descontraído
entre a música e o cinema na área externa do Museu. Realizada em
parceria com a produtora Motirõ Cultural, a atividade estreia com o
clássico do terror "Nosferatu" e o show do trio de MPB "Quarto de
Badulaques".
Uma das primeiras obras de terror a serem produzidas na história
do cinema, "Nosferatu" (1922) será exibido às 19h30. Após o filme,
o público poderá conferir a apresentação da banda de MPB "Quarto de
Badulaques", que reúne música brasileira e gêneros como o
rock
e o jazz.
O evento é voltado ao público maior de 16 anos e os ingressos (15
reais) poderão ser comprados com antecedência no Museu da Energia
de Itu (Rua Paula Souza, 669).
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Área externa do Museu receberá um telão onde será exibido o
clássico
do terror "Nosferatu". Foto de Caio Mattos |
Visitantes podem reviver
"7 de setembro" no
Parque Caminhos do Mar
A Independência do Brasil - um dos episódios mais importantes da
história do país - pode ser revivida no Parque Caminhos do
Mar.
O roteiro turístico, que está localizado dentro de uma Unidade de
Conservação Estadual entre as cidades de Cubatão e São Bernardo do
Campo, em São Paulo, abrange, além da Estrada Velha de Santos,
trechos da Calçada do Lorena, inaugurada em 1792.
Construída com a intenção de regular e incrementar a movimentação
de cargas e pessoas entre o planalto e o litoral paulista, a
Calçada do Lorena foi a primeira estrada pavimentada (com pedras)
do Estado de
São Paulo.
No dia 7 de setembro de 1822, antes de Dom Pedro I dar o famoso
grito de "Independência ou Morte" às margens do Ipiranga, o
Imperador percorreria a trilha ao voltar a São Paulo após uma
visita à cidade de Santos.
Para conhecer o roteiro Caminhos do Mar - que é gerenciado pela
Fundação Energia e Saneamento -
é necessário agendar visitas pelo telefone
(013) 3372-3307 ou pelo e-mail caminhosdomar@caminhosdomar.org.br.
O Parque fica aberto de terça a domingo, das 9 às 16 horas e conta
com monitores para acompanhar os visitantes no percurso.
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Visitantes podem conhecer trechos da Calçada do Lorena, estrada
por onde
passou Dom Pedro I no Dia da Independência. Foto de Gustavo
Secco |
Fundação disponibiliza
novo catálogo online com mais
de 46 mil documentos
Em mais um esforço para tornar público seu rico e diversificado
acervo, a Fundação Energia e Saneamento acaba de viabilizar em seu
site o catálogo
online de sua biblioteca técnica, com mais de 46 mil itens. A
partir de agora, pesquisadores e estudantes poderão conferir os
dados de uma ampla documentação que abrange livros, estudos,
trabalhos e periódicos voltados ao setor energético.
Alguns dos materiais consistem em estudos hidrológicos e
relatórios de impacto ambiental de usinas hidrelétricas do Estado
de São Paulo, livros sobre barragens, linhas de transmissão e
distribuição, entre outras estruturas que sustentam o funcionamento
das redes de energia, além de trabalhos apresentados em congressos
do setor.
Após a consulta online, o pesquisador poderá ter acesso aos
documentos ao agendar uma visita ao
Núcleo de Documentação e Pesquisa, que fica na Rua Coronel
Rodovalho, 115, no bairro Penha. O telefone para agendamento é o
(011) 3276-4747.
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Agora, pesquisadores podem consultar virtualmente o catálogo da
biblioteca
técnica da Fundação, com mais de 46 mil itens. Foto de Caio
Mattos
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