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Memória
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Mapas "Sara Brasil": a impressão digital da velha São
Paulo
Mais de 300 cursos d'água correm pela cidade de São Paulo. Um deles
é o rio Itororó, tamponado sob a Avenida 23 de Maio e que, na
altura da Praça das Bandeiras, encontra o Rio Saracura, encoberto
pela Avenida 9 de Julho. O destino dos dois cursos é desaguar no
Tamanduateí, hoje canalizado e que passa sob o Parque D. Pedro II.
Dos vales que formavam estes rios, restam apenas fotografias
antigas. Mas como visualizar o percurso original destes e de outros
cursos d´água paulistanos, hoje encobertos pelo crescimento de São
Paulo?
Uma das preciosidades do acervo da Fundação Energia e Saneamento é
a coleção de mapas SARA Brasil. Encomendados pela Prefeitura de São
Paulo no final da década de 20, os mapas precedem, em questão de
anos, a construção das Avenidas 23 de Maio e 9 de Julho. Neles é
possível ver os vales do Saracura e Itororó, como também do Tietê.
No entanto, a "impressão digital" dos recursos hídricos paulistanos
é apenas uma das valiosas informações da coleção. O trabalho de
elaboração dos mapas topográficos foi considerado pioneiro na
época, tornando São Paulo a primeira cidade do mundo a possuir uma
coleção de plantas articuladas, em escala grande, e com precisão
incomparável.
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"A importância da obra executada colocava a bela e florescente
metrópole sul-americana à frente de todas as demais cidades pela
precisão
e perfeição de suas plantas", ficaria registrado nos anais do 4º
Congresso Internacional de Fotogrametria, realizado em Paris em
1934
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Apesar da retificação do Tietê ter se concretizado na década de
40, o impacto no vale original do rio já havia começado na década
de 20, como registra o mapa
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Método Nistri de Aerofotogrametria
Fundada em 1921 pelos irmãos italianos Umberto e Amedeo Nistri, a
empresa SARA (Società per Azioni Rilevamenti Aerofotogrammetrici),
sediada em Roma, foi a responsável por realizar o levantamento
topográfico da capital paulista, utilizando a aerofotogrametria
(uso de aeronaves para a tomada fotográfica métrica). O trabalho
teve início em 1929, no governo de José Pires do Rio, sendo
utilizado um aparelho fotogramétrico elaborado pelos próprios
irmãos Nistri, acoplado em aviões vindos da Itália, entre eles os
monomotores FIAT AS. 1 e o CA. 97. No total, foram executadas 4 mil
fotos no formato 13 x 18 cm, que seriam utilizadas para a
elaboração das cartas topográficas. O material foi impresso no
Instituto Geográfico de Agostini, em Novara, Itália.
Interrompido durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o
levantamento foi entregue à municipalidade em 1933 e resultou em
132 mapas e 20 fotocartas. Entre os diversos dados da São Paulo
antiga, apresenta as estradas de ferro, linhas de bonde, o
arruamento, pontes, matas, rios e até mesmo depressões que sofriam
inundações em determinados períodos do ano. As plantas, nas escalas
1:1.000, 1:5.000 e 1:20.000, abrangem uma área de 100 mil hectares,
e serviriam como base aos projetos urbanísticos da cidade que
estariam por vir, e que, ironicamente, transformariam a
configuração da São Paulo da década de 20, eternizada na coleção
SARA Brasil.
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Rede Museu da Energia
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Readequeção transformará "Casa Eloy Chaves" em uma edificação
eficiente sob a ótica energética e hídrica
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Reestruturação do Museu da Energia de Rio Claro tem início
em dezembro
A partir de dezembro, a Fundação Energia e Saneamento dá início ao
processo de reestruturação das instalações e atividades pedagógicas
do Museu da Energia de Rio Claro. Em convênio com a Secretaria de
Energia do Estado de São Paulo, a readequação seguirá os conceitos
de sustentabilidade, e contempla a transformação da "Casa Eloy
Chaves", antiga sede da usina hidrelétrica do Corumbataí, em uma
edificação eficiente sob a ótica energética e hídrica.
"A ideia é transformar o Museu da Energia de Rio Claro em uma
unidade que dissemine conceitos sobre o uso racional da energia e
as práticas efetivas de eficiência energética em toda a sua cadeia,
do suprimento ao uso final, bem como divulgar novas tecnologias",
explica Mariana Rolim, superintendente da Fundação Energia e
Saneamento.
As adequações estruturais contemplam, por exemplo, o
aproveitamento da ventilação e da luz natural e o uso de painéis
solares para o aquecimento de água e a geração de eletricidade.
Visando o uso eficiente da água, também está prevista a construção
de um sistema de reúso de água da chuva para fins não potáveis
(destinada ao vaso sanitário, tanque e torneira externa). As obras
têm previsão de término para março de 2014.
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Espaço das Águas
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Vista panorâmica da construção da Barragem da Represa Guarapiranga,
antes denominada Represa Santo Amaro. 1908
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Guarapiranga, o segundo
maior sistema produtor de
água de São Paulo
Diferente dos demais sistemas de abastecimento de água que
atendem São Paulo, a represa do Guarapiranga foi construída com uma
finalidade diferente: regularizar a vazão do rio Tietê e aumentar a
capacidade de geração de energia da Usina de Santana de Parnaíba
(1901), a primeira hidrelétrica a abastecer o Estado de São Paulo e
que tinha sua produção comprometida em épocas de estiagem. Por este
motivo, a companhia canadense Light - responsável pelos serviços de
produção e distribuição de energia elétrica na capital na época -
iniciou, em 1906, a construção do lago artificial do rio
Guarapiranga, que ficaria pronto em 1909.
Somente em 1927, em virtude do problema de falta de água e na
demora na execução das obras do Sistema Rio Claro, a Guarapiranga
se tornou alvo de estudos para o abastecimento público. As obras de
adução duraram 11 meses e em 1929 foi inaugurada a primeira
adutora. Em 1948, foi dado início à construção de uma segunda
adutora que dobraria o volume de água captado. A partir da década
de 60, a ocupação desordenada às margens do reservatório se tornou
o principal desafio do Sistema Guarapiranga, que é hoje o segundo
maior da região metropolitana em produção de água.
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Após a construção da represa, Santo Amaro passou por diversas
transformações,
atraindo para a região muitos visitantes |

Em foto atual, a vista aérea da ocupação desordenada nas margens da
Bacia do Guarapiranga. Odair Faria. Acervo Memória Sabesp
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Notícias
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Fundação Energia e
Saneamento lança livro sobre
a Belle Époque paulistana
A Fundação Energia e Saneamento lança, no próximo dia 30 de
novembro, sua mais nova publicação: Belle Époque na garoa - São
Paulo entre a tradição e a modernidade. O livro, que reúne
texto da historiadora Marcia Camargos e imagens do acervo da
Fundação, retrata os desdobramentos da Belle Époque na
capital paulista, com destaque para as transformações urbanas,
sociais, políticas e culturais ocorridas na cidade no início do
século 20. Iniciada no contexto europeu no final do século 19, a
Belle Époque teve seu reflexo na realidade brasileira e
caracterizou-se por um período cultural de triunfo da sociedade
capitalista, ratificado pelas conquistas materiais e tecnológicas
da época. Aberto ao público, o evento de lançamento da obra
acontecerá no Museu da Energia de São Paulo, a partir das
10h30.
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Museu da Energia de Itu recebe feira itinerante "Energia Total,
Gás Natural"
A partir do dia 5 de dezembro, quem visitar o Museu da Energia de
Itu poderá conferir uma atração para as férias de verão, a
exposição itinerante "Energia Total, Gás Natural". Um projeto da
Gas Fenosa, patrocinadora do Museu, a feira educativa é composta
por quatro estações de jogos cooperativos que apresentam
informações sobre o gás natural, suas aplicações e vantagens
ambientais. No percurso educativo, o público adulto e infantil
poderá explorar as estações "A Origem do gás natural", "Para que
serve o gás natural?", "O que o gás natural traz de bom?" e
"Transformando o mundo". A ação permanece no Museu até o dia 26 de
janeiro.
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Na exposição, maquetes, painéis informativos, filmes e simulações
de instalações
de distribuição apresentam os usos do gás natural
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Encontro internacional de
sistemas hidráulicos promove
visita técnica ao Museu da
Energia de Rio Claro
No dia 1º de novembro, o Museu da Energia de Rio Claro recebeu a
visita de uma comissão do I Latin Hydro Power & Sistems
Meeting, encontro internacional que reuniu, em Campinas, entidades
de pesquisa e especialistas nas áreas de máquinas hidráulicas,
componentes associados e sistemas. Cerca de 30 profissionais de
diversas nacionalidades foram recebidos pela equipe do Museu para
uma visita técnica. Na ocasião, o grupo pôde conhecer a história e
funcionamento da Usina do Corumbataí, terceira hidrelétrica mais
antiga do Estado e que completou 118 anos no dia 15 de
novembro.
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Engenheiros e demais profissionais da área de sistemas hidráulicos
conheceram
a história da Usina do Corumbataí
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